Menopausa novidades

Menopausa terapêutica hormonal de substituição e novos tratamentos

Menopausa o que é? Quais os medicamentos e tratamentos mais usados e quais as novidades? A evolução biológica da mulher compreende uma diminuição da reserva folicular ovárica ao longo do tempo, sendo particularmente acentuada por volta dos 50 anos de idade. Entre uma fase de pleno potencial e uma fase de total incapacidade reprodutiva, a mulher apresenta uma etapa de duração variável que se denomina climatério. A menopausa é definida como a interrupção permanente da menstruação quando ocorrem 12 meses consecutivos de amenorreia. Todo o período à volta deste marco biológico, desde as primeiras alterações na duração/fluxo dos ciclos menstruais até aos intervalos mais ou menos prolongados de amenorreia, chama-se perimenopausa. Depois de um ano sem menstruação a mulher entra definitivamente na pós-menopausa.1,2

Este artigo é alicerçado na pesquisa elaborada pelo Centro de Informação do Medicamento (CIM) da Ordem dos Farmacêuticos e nomeadamente pela Dra Margarida Castel-Branco e Dra Ana Cabral.

Sintomas

Esta fase da vida da mulher, situada na meia-idade, apresenta um conjunto de sinais e sintomas característicos que resultam de um decréscimo acentuado nos níveis de estrogénios. Para além das irregularidades menstruais, os sintomas vasomotores (afrontamentos, suores noturnos, enxaquecas) têm um início rápido, assim como as alterações de humor (letargia, depressão, desordens de pânico), os distúrbios de sono (insónias) e os primeiros sintomas urinários (infeções urinárias recorrentes, incontinência urinária). Surgem depois os sintomas genitais (atrofia vulvar e vaginal, dispareunia), a perda de densidade óssea (osteopenia), artralgias e mialgias, alterações da pele (perda de elasticidade, desidratação, diminuição da espessura) e alterações dos pelos (alopecia, hirsutismo). Finalmente, pode instalar-se a osteoporose e aumenta a probabilidade de aparecimento da doença cardiovascular (doença coronária, acidente vascular cerebral, tromboembolismo venoso) e de doenças neurocognitivas (como a doença de Alzheimer).1,3

Menopausa e riscos cardiovasculares

Sabe-se hoje que os sintomas vasomotores são resultantes de uma disfunção do centro termorregulador hipotalâmico causada pela redução dos estrogénios e há evidência de uma relação com a doença cardiovascular. Se já se sabia que os afrontamentos estavam associados a doença cardiovascular subclínica, como a disfunção endotelial e a calcificação das paredes arteriais,4 parece haver também uma correlação entre a severidade da sintomatologia vasomotora, independentemente do facto de estes sintomas aparecerem antes ou após a menopausa, e a ocorrência de eventos cardiovasculares, como a doença coronária e o acidente vascular cerebral.5 Este conhecimento reequaciona a terapêutica hormonal de substituição na menopausa no que se refere ao balanço benefício-risco: por um lado, pode ser encarada não apenas para aliviar sintomatologia, mais ou menos intensa, mas também para reduzir o risco de problemas de saúde futuros; por outro lado, a própria terapêutica hormonal não é isenta de riscos, concretamente a nível cardiovascular e neoplásico.

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Tratamento e benefícios da terapêutica hormonal de substituição

A abordagem terapêutica da menopausa faz-se geralmente com terapia hormonal de substituição (THS) sistémica. Teoricamente, deveria administrar-se apenas estrogénio, numa tentativa de repor os níveis endógenos que tendem a diminuir. No entanto, o estrogénio faria o endométrio estar sempre na fase proliferativa, o que rapidamente poderia desencadear hiperplasia e cancro do endométrio. Por esta razão, em mulheres que ainda conservam o seu útero, a THS faz-se com estrogénio e progestagénio ou estrogénio e um modulador seletivo dos recetores dos estrogénios (antagonista no útero).6 No que respeita ao componente estrogénico, as formulações farmacêuticas para administração sistémica utilizadas na THS contêm 17β-estradiol (estrogénio natural), valerato de estradiol (pró-fármaco do estradiol) ou estrogénios equinoconjugados (ésteres de sulfato de estrona, sulfatos de equilina e o 17α/βestradiol). A administração sistémica pode ser feita por via oral, sistema transdérmico ou percutâneo (gel ou spray).1 O spray tem a vantagem de permitir ajustar a dose consoante as necessidades da mulher ao longo do tempo.7,8 Embora não esteja comercializado em Portugal, pode administrar-se também através de um anel vaginal. Em mulheres que mantêm o útero, tem de se administrar também o componente progestagénico, que pode ser progesterona micronizada, medroxiprogesterona, didrogesterona, ciproterona, nomegestrol (estruturalmente semelhantes à progesterona) ou levonorgestrel, dienogest, norgestrel, noretisterona (estruturalmente semelhantes à testosterona) ou ainda drospirenona (estruturalmente semelhante à espironolactona). As formulações podem conter apenas o componente progestagénico ou a sua combinação com o estrogénio, podendo usar-se a via oral, a via transdérmica, o dispositivo intrauterino ou o injetável.1,6,9 Quando não é aconselhável usar progestagénio, pode usar-se o bazedoxifeno, que é um modulador seletivo dos recetores dos estrogénios, sendo agonista nos recetores do osso e da vagina e antagonista nos recetores do útero e da mama.1,6,10 Pode usar-se também a tibolona, que é um esteroide de síntese que combina propriedades progestagénicas e estrogénicas com uma atividade androgénica fraca, sendo particularmente indicado no tratamento da sintomatologia vasomotora e atrófica pós- -menopausa.1,11

A administração sistémica de estrogénio e progestagénio pode ser feita em regime contínuo (doses diárias iguais), em regime sequencial contínuo (doses diárias de estrogénio com o progestagénio durante 10 a 14 dias do ciclo de 28 dias) ou em regime cíclico (doses diárias de estrogénio com o progestagénio durante 10 a 14 dias do ciclo de 21 dias com 7 dias de descanso). A dose de progestagénio deve ser suficiente para conferir proteção endometrial em relação à dose de estrogénio administrada.1,8 Os estrogénios sofrem metabolismo de primeira passagem significativo quando administrados por via oral. Quando se usa a via transdérmica deve reduzir-se a dose a administrar, pois origina níveis mais altos e estáveis de estrogénio do que a via oral para a mesma dose. Também a via vaginal evita o metabolismo de primeira passagem, ao mesmo tempo que assegura uma rápida absorção. Sempre que a administração do componente estrogénico não é feita por via oral numa mulher com útero, é essencial não esquecer que, de forma cíclica ou sequencial, se tem de administrar o componente progestagénico, pela mesma via de administração ou não. Note-se que os progestagénios também sofrem metabolismo de primeira passagem, sendo esse metabolismo diferente entre as várias moléculas que podem ser usadas. Tanto para o estrogénio como para o progestagénio, a formulação micronizada aumenta a biodisponibilidade oral.1,6

A administração tópica de estrogénios – estriol, estradiol, promestrieno – é feita por via vaginal sob a forma de creme, gel, comprimido ou cápsula mole. O estriol é apenas administrado por via intravaginal, visto tratar-se de um metabolito com fraca atividade sistémica. A administração tópica evita o metabolismo de primeira passagem e todos os efeitos adversos decorrentes de uma exposição hormonal sistémica, já que esta é inexistente ou muito reduzida. Tem indicação para ser feita quando a principal manifestação clínica do climatério é a síndrome geniturinária (secura ou irritação vaginal, dispareunia, disúria, urgência urinária e infeções urinárias recorrentes), podendo ser associada ou não a THS sistémica.1,6

Se a menopausa ocorre devido a uma redução acentuada dos estrogénios, a THS, ao evitar a queda abrupta dos níveis hormonais, vai trazer melhoria da qualidade de vida, ao aliviar os sintomas vasomotores, as alterações de humor, os distúrbios de sono, a síndrome geniturinária e as queixas osteoarticulares. Mas, mais do que isso, sabendo-se que uma sintomatologia vasomotora moderada a intensa precede doença cardiovascular mais expressiva, a redução dessa sintomatologia favorece também a redução do risco cardiovascular a médio prazo. Passa a ser também um benefício ao nível da saúde, e não apenas da qualidade de vida.4,5 No entanto, sabe-se atualmente que os benefícios são mais notórios se iniciada até aos 60 anos de idade ou até 10 anos após a última menstruação.12,13

Riscos da terapêutica hormonal de substituição

São vários os riscos associados a qualquer terapêutica hormonal, e a THS não é exceção. Além de efeitos adversos transitórios – como tensão mamária quando a administração do estrogénio se faz em dose elevada, ou tonturas, sonolência e náuseas quando a administração do progestagénio se faz por via oral, devido à sua passagem entero-hepática – são causa de maior preocupação os riscos a longo prazo, tanto no campo da doença cardiovascular como no caso do desenvolvimento de neoplasias.

No início dos anos 90 do século XX, iniciou-se um conjunto de estudos clínicos de larga escala que envolveu largas dezenas de milhar de mulheres saudáveis pós-menopáusicas – o Women’s Health Initiative (WHI). Em dois ensaios clínicos aleatorizados pretendeu-se estudar os efeitos da THS na doença cardiovascular, osteoporose, cancro e mortalidade: um dos ensaios envolvia mulheres com útero intacto e uma associação de estrogénio e progestagénio e o outro envolvia mulheres histerectomizadas a quem foi administrado apenas estrogénio, ambos versus placebo. 

As mulheres participantes nestes ensaios foram seguidas ao longo do tempo. Os primeiros resultados surgiram em 2002, após cerca de 5 anos de terapêutica: no grupo das mulheres a quem foi administrada a associação 0,625 mg de estrogénios equinoconjugados com 2,5 mg de acetato de medroxiprogesterona verificou-se um aumento da incidência de doença cardíaca coronária e de cancro da mama, ao mesmo tempo que se observou uma redução das fraturas osteoporóticas e do cancro colorretal. Perante estes resultados, o ensaio foi interrompido prematuramente, ainda que as mulheres tenham continuado a ser observadas periodicamente.14

A relação benefício-risco da THS é bastante complexa. Se, por um lado, parece haver benefício na sua utilização em relação ao alívio dos sintomas vasomotores, à redução da osteoporose e da diabetes e à menor incidência de cancro colorretal, por outro lado o aumento da incidência de doença cardiovascular, de alguns tipos de cancro e de demência não justifica o seu uso para prevenção de doenças crónicas.15,16 Mas… será mesmo assim? Que se sabe sobre a influência de fatores como a dose de hormonas utilizada, a via de administração, o tempo que separa a THS da menopausa propriamente dita, a duração do uso da THS, outros efeitos das hormonas, comorbilidades pré-existentes e a idade da mulher quando iniciou a terapêutica? Ao longo dos anos, os dados dos ensaios clínicos da WHI têm sido atualizados e reanalisados, assim como mais ensaios clínicos adicionais têm sido levados a cabo para tentar responder a estas e outras questões.17

No que respeita à doença cardiovascular, a Timing hypothesis tem ganhado relevo: a THS instituída no momento ou logo após a instalação da menopausa, com o endotélio ainda saudável, é cardioprotetora, enquanto que a THS iniciada algum tempo após a ocorrência da menopausa pode ser prejudicial para a doença cardíaca coronária, uma vez que já não consegue evitar o desenvolvimento das placas ateroscleróticas.18-21 No que respeita ao risco de acidente vascular cerebral, diversos estudos apontam para que a THS aumente sempre esse risco, embora o aumento do risco seja mais modesto se, à partida, a mulher for mais nova e apresentar menor risco cardiovascular.20,22 Finalmente, a THS parece aumentar o risco de tromboembolismo enquanto é administrada, particularmente se se utilizar a via oral (com a via transdérmica evita-se o efeito de primeira passagem hepática, evitando-se assim o aumento da produção de proteínas hepáticas, como triglicerídeos e fatores da coagulação).20,23 Perante esta evidência, atualmente há algum consenso em aceitar a THS em mulheres de baixo risco cardiovascular, principalmente se tiverem menos de 60 anos e a menopausa tiver sido há menos de 10 anos; em considerar a relação benefício-risco da THS, principalmente por via transdérmica, de forma individualizada em mulheres com alguns fatores de risco cardiovascular (risco moderado a elevado), enquanto se procuram também controlar esses fatores de risco; em evitar a THS sistémica em mulheres com risco cardiovascular elevado ou muito elevado, podendo recorrer-se a administrações tópicas, se tal for necessário.24,25

Considerando agora o desenvolvimento de neoplasias, o aumento da incidência do cancro da mama invasivo com a THS levantou a Gap hypothesis: a THS iniciada algum tempo após o início da menopausa (geralmente superior a 5 anos) implica um menor risco de desenvolvimento de cancro da mama do que quando iniciada precocemente, provavelmente porque estará associada ao desenvolvimento de tumores ocultos pré-existentes (e não ao desenvolvimento de novos tumores). Este aumento da incidência de cancro da mama parece estar também mais relacionado com terapêutica combinada de estrogénio e progestagénio, com os utilizadores atuais e com terapêutica tomada durante mais tempo.26,27 

No entanto, a evidência é complexa. Um estudo recente que tem por base o seguimento durante 20 anos das mulheres que entraram nos ensaios da WHI revela que, no grupo das mulheres histerectomizadas, a incidência e a mortalidade por cancro da mama não só não aumentou como diminuiu, favorecendo a THS com estrogénios em relação ao placebo.28 

No que se refere ao cancro do endométrio, em mulheres com útero intacto, a evidência mostra que a incidência deste tipo de carcinoma aumenta quando se administram regimes sequenciais em que o progestagénio é administrado menos de 10 dias por ciclo.29 O cancro do ovário, por último, vê a sua incidência aumentada com a THS, com alguma evidência sugerindo que a terapêutica apenas com estrogénio ainda aumenta mais esse risco.30,31 

Conclusão

A THS tem indicação na abordagem terapêutica da mulher pós-menopáusica quando a sintomatologia vasomotora associada é moderada ou severa. Deve ser iniciada precocemente, logo aquando do início dos sintomas, e deve ser usada por um período de tempo limitado (5-10 anos). Não deve ser usada por mulheres com elevado risco cardiovascular nem com elevado risco de virem a desenvolver cancro da mama. Também não deve ser usada com o objetivo de prevenir doenças crónicas, uma vez que há terapêutica específica para essas situações muito mais eficaz e segura (ex. osteoporose ou doença cardiovascular). 

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